O processo de descontaminação de áreas por meio da biorremediação geralmente emprega organismos do próprio ambiente, ou são introduzidos, em estado nativo ou geneticamente modificado. A função destes seres é degradar xenobióticos, transformando-os em produtos com estrutura molecular menos agressiva ao meio ou promovendo sua mineralização, no caso de metais pesados. Assim, onde antes havia um poluente, são encontradas moléculas mais simples,como água, gás carbônico e amônia.
Vantagem
Vantagem
Trata-se de um processo eficiente ao lidar com regiões contaminadas com moléculas orgânicas de difícil degradação e metais pesados.
- Moléculas orgânicas de difícil degradação podem ser produzidas naturalmente pelo metabolismo de seres vivos ou sintetizadas em laboratório visando atender à indústria.
- No contexto da Segunda Revolução Industrial, começaram a ser desenvolvidas as moléculas Xenobióticas (veja o marcador "Degradação de Xenobióticos". Estas são substâncias químicas que a natureza não consegue assimilar, visto que nunca foram produzidas em sistemas Xenobióticos) naturais. Por isso, são tóxicas ao meio ou recalcitrantes e, inclusive, os produtos de sua degradação tendem a promover efeitos nocivos ou mutagênicos. Tais conseqüências podem se tornar agentes de seleção natural, mudando a estrutura funcional de uma comunidade.
Desvantagem
Um ser vivo tem seu metabolismo próprio, e se desenvolverá de acordo com ele. Por isso, não se pode esperar resultados imediatos no local afetado. Já existem pesquisas que objetivam o melhoramento genético de organismos, a fim de otimizar sua eficiência despoluidora.
Além disso, uma discussão que gera polêmica: ao promover a recuperação de uma área, serão empregados organismos que não existiam ali naturalmente. Por serem exóticos, não haveria predadores para eles, o que poderia resolver um problema, mas causar outro.
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Referências:
Artigo “Biorremediação”, escrito por Christine Claire Gaylarde, Maria de Lourdes Bellinaso e Gilson Paulo Manfio em 2005.
